domingo, 19 de setembro de 2010

O dia

Na verdade não foi hoje. Na verdade, de verdade, foi no primeiro dia. Quando começou. Quando nasceu, e tinha um tempo pra viver, e ia morrer também. Foi bom. Ótimo. Exatamente o que devia ser. E agora?
Agora, sentar, pensar em tudo. Guardar o que foi bom. Jogar fora o ruim. Pensar sobre tudo que aconteceu. E seguir em frente. Vai ser duro
Todo começo é difícil. Todo começo parece que as coisas não andam. Mas elas andam. E se renovam. Isso é bom. Coisas que não mudam, não se renovam, não respiram, não estão vivas. Vale a pena lembrar que só o que vive morre um dia. Eu acho um preço justo. Muitos não acham, muitos tem medo de todo tipo de fim. Até esse pessoal entender que é parte de começar, já vislumbrar um fim...
Era divertido. Muito. Eu me lembro, de correr, de enlouquecer, de viajar. E vou fazer isso muitas vezes mais, em outras companhias. Quer dizer que pesoas são copos de papel, descartáveis? Nada menos verdadeiro. Com todas elas se caminha, com cada uma se anda de um jeito. Com cada uma se aprende uma coisa nova. E ainda que alguém não lembre de você, saber que você ensinou alguma coisa pra aquela pessoa não basta? Não basta saber que um pedaço seu está nela, alguma coisa de você em alguém? Algo que talvez ela nunca tire? Algo que pode ajudar ela num momento difícil? Se isso, a companhia de alguém, não basta, se você quer mais que isso, talvez você procure no lugar errado. Claro, errado posso ser eu. Mas procurar isso comigo é errado também.